Escola da Terra – Sergipe (2023)

Aconteceu na manhã do dia 14 de dezembro na Cidade Univ. Prof. José Aloísio de Campos, Universidade Federal de Sergipe o início das atividades do Programa Escola da Terra – Sergipe (2023), que tem como principal objetivo oferecer formação continuada específica para os professores e professoras que atuam em escolas do campo, nas turmas multisseriadas dos anos iniciais do ensino fundamental e em escolas de comunidades quilombolas.

O programa é uma ação do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), desenvolvido através de uma parceria entre Ministério da Educação (MEC); Universidade Federal de Sergipe (UFS), através o Departamento de Educação (DED); a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e as Secretarias Municipais de Educação (Semeds).

Na parte da manhã no mini auditório da Didática V foi realizada a mesa de abertura composta pelas/os representantes Rosemeire Marcedo (DED); Mônica Modesto (DEDI); Joelma C. Vilar (Direção do Campus Prof Alberto Carvalho); Flávia Cristina Santos (SEDUC); Ana Lúcia O. Santos (DALEPe); Felipe Sena (Comitê EDUCAMPO); Marilene Santos (Coordenação Escola da Terra); Silvana Correia (Tutoras do escola da terra);
Maílson Acácio (Movimento Quilombola);
Lívia Jéssica (Cerimonialista) e dos representantes discentes do Campus São Cristóvão e Itabaiana.

Encontro do GPEMS

Na sexta edição da atividade “Conversas com Professores“, o GPEMS convida as professoras Elza Ferreira Santos (IFS), Rita de Cássia L. Góis (SEDUC/SE), Iraci Braga Oliveira (SEDUC/SE) e Rita de Cassia Santos (SINTESE) para a conversa “O Novo Ensino Médio”.

Autismo para além do espectro

Na quinta edição da atividade “Conversas com Professores“, o GPEMS convida a professora Maria Perolina Souza Teles para a conversa “Autismo para além do espectro”.

LEMBRANÇA RURAL

Chão verde e mole. Cheiros de selva. Babas de lodo.
A encosta barrenta aceita o frio, toda nua. Carros de bois, falas ao vento, braços, foices.
Os passarinhos bebem do céu pingos de chuva.
Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem na história do mundo. Sentam-se à porta as mães descalças.
“f: tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é triste.
A roupa da noite esconde tudo, quando passa …
Flores molhadas. última abelha. Nuvens gordas.
Vestidos vermelhos, muito . longe, dançam nas cercas. Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de bronze.
Debaixo da ponte, a água suspira, presa …
Vontade de ficar neste sossego toda a vida:
bom para ver de frente os olhos turvos das palavras,
para andar à toa, falando sozinha,
enquanto as formigas caminham nas árvores …

Cecilia Meireles (poetisa, pintora, professora, jornalista)

Perguntas de um Operário que lê

Quem construiu Tebas, a de sete portas?
Nos livros, ficam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram blocos de pedra?
Babilônia, muitas vezes destruída,
Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas
De Lima auri-radiosa moravam os obreiros?
Para onde foram, na noite em que ficou pronta a Muralha da China,
Os pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os erigiu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? Bizâncio multicelebrada
Tinha apenas palácios para seus habitantes? Mesmo na legendaria Atlantis,
Na noite em que o mar a sorveu,
Os que se afogavam gritavam por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe da Espanha chorou, quando sua armada
Foi a pique. Ninguém mais teria chorado?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem
Venceu junto?

Por todo canto uma vitória.
Quem cozinhou o banquete da vitória?
Cada dez anos um grande homem.
Quem pagou as despesas?

Histórias de mais.
Perguntas de menos.

(Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com/bertolt-brecht-poemas/)

Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecilia Meireles (poetisa, pintora, professora, jornalista)

DICA DE FILME

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